Como evitar a evasão escolar?

Como evitar a evasão escolar?

Confira alguns números da evasão escolar no país e atitudes que podem diminuir o abandono dos estudos.

A evasão escolar, nome dado ao ato de abandono dos estudos, está entre os principais problemas da educação no Brasil, sobretudo entre os alunos matriculados na educação básica, grau de ensino que envolve a educação infantil, os ensinos fundamentais I e II, o ensino médio e também a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Neste post, discutimos o número de estudantes brasileiros que deixam os estudos no país e atitudes que podem ajudar a diminuir esses índices. Acompanhe.

O que é a evasão escolar?

A evasão escolar corresponde ao ato de abandono dos estudos por crianças e adolescentes. Esses jovens estão adequadamente matriculados em uma instituição de ensino pública ou privada no país, mas não frequentam as aulas de maneira apropriada, o que resulta em faltas regulares que logo ocasionam a desistência do estudante.

O Censo Escolar 2018, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aponta queda no número de matrículas realizadas na educação básica brasileira pelo segundo ano consecutivo. O estudo afirma que as 48,6 milhões de matrículas realizadas em 2017 caíram para 48,5 milhões no ano de 2018, índice que representa 3,1% a menos no número total de matrículas no país.

Os dados ainda trazem outros índices preocupantes. Entre os anos de 2014 e 2018, foram “perdidos” cerca de 1,3 milhão de alunos em todos os graus da educação básica. Em 2017, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgou que 2,8 milhões de crianças brasileiras não estavam matriculadas em instituições de ensino. Desse total, 1,6 milhão eram jovens entre 15 e 17 anos.

Segundo a organização Todos Pela Educação, existem quatro causas principais para a evasão escolar no Brasil. São elas o desinteresse pelos estudos, a necessidade de trabalhar, a gravidez precoce e a violência em regiões próximas às escolas brasileiras. 

Como evitar a evasão escolar?

O Instituto Unibanco, entidade privada voltada ao incentivo para a melhoria da educação pública no país, defende que os gestores e educadores precisam estar atentos às condições de ensino e aprendizagem das escolas, e à maneira como elas podem ser adaptadas às demandas dos alunos.

Análise das motivações

Para desenvolver ações efetivas contra a evasão escolar, é necessário compreender por que os alunos estão deixando os estudos para trás. Cada instituição de ensino possui suas particularidades e, portanto, é fundamental que a direção dialogue com os educadores e todos busquem, de maneira conjunta, entender quais os motivos que desencadeiam a evasão escolar entre os estudantes e como esse problema pode ser solucionado.

Compreensão sobre a bagagem dos alunos

Em muitos casos, a evasão escolar pode ser resultado de uma base de aprendizado falha. Muitos alunos podem chegar a determinados anos educacionais sem a solidificação de conhecimentos essenciais específicos, o que compromete o desenvolvimento de novos aprendizados, gera dificuldades e resulta em desmotivação com o ambiente escolar. Monitorias guiadas pelos professores e plantões de dúvidas podem ser uma solução significativa para essa questão, já que o contato com os educadores pode auxiliar de maneira eficiente o reforço de conhecimentos prévios e gerar incentivo para descobertas futuras.

Diálogo constante com a família

A evasão escolar pode demandar ações mais frequentes e incisivas da instituição de ensino para compreender os motivos que desencadeiam esse fenômeno entre os estudantes. Por isso, o contato direto com as famílias, por meio de comunicados, e-mails e telefonemas, é uma ação importante para entender se a criança ou o adolescente está enfrentando algum problema pessoal em casa. Em casos mais sérios, é necessário pedir que a família compareça à instituição de ensino para conversar sobre o assunto de maneira receptiva e compreensiva.

Em alguns casos, incentivar que os colegas de sala busquem pelo estudante que está faltando com frequência às aulas pode ser uma solução interessante, já que demonstra o interesse da turma e dos colegas na sua participação e presença, o que garante a valorização do sentimento de pertencimento à comunidade escolar.

Reinvenção dos estudos

O diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, segundo entrevista para a Revista ISTOÉ, acredita que o modelo de aula com as carteiras enfileiradas e com o professor ministrando a aula de maneira contínua em frente à turma não funciona para os alunos modernos. Dessa forma, o formato antigo de apresentação e construção do aprendizado pode ser negativo e desestimular o envolvimento dos estudantes com o conteúdo escolar. Logo, os educadores devem sempre estar atentos e buscar reinventar os estudos. Debates e aulas em círculos são sugestões que podem incentivar e sustentar a aprendizagem em conjunto.

A importância da educação 

Em um estudo voltado à compreensão dos custos da evasão escolar no país, o Insper defende que, no âmbito acadêmico, está definido que a educação tem influência positiva nas vivências do educando e resulta em melhores condições de vida. O acesso à escolarização permite que os estudantes encontrem melhores opções no mercado de trabalho, não se envolvam com temáticas ilícitas, tenham a oportunidade de desenvolver uma família de maneira planejada e ainda se engajem mais em assuntos públicos.

Segundo a Constituição Federal, a educação é um direito de todos os brasileiros. Dessa forma, cabe à instituição de ensino e também à família e à sociedade incentivar as crianças e os adolescentes a frequentar a escola e aproveitar seu ambiente saudável e rico para o seu aprendizado.

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