STEAM - Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática

Descubra no texto a seguir o que significa STEAM, uma metodologia de ensino que se torna cada vez mais popular nas escolas.
A ideia de cultura Maker nas escolas já não é mais novidade. Talvez essa ideia tenha sido refinada ao longo dos anos, no entanto, ela sempre esteve presente, talvez escondidinha, nas aulas de Ciências, mas certamente viva em Artes e durante toda a Educação Infantil.
Então, o que aconteceu para que STEAM, Maker, STEM virassem parte da realidade das escolas? Bem, tudo começa com mãozinhas e cabeças inquietas e uma visão de futuro para sistematizar a importância da Ciência e da Arte no futuro da humanidade. Ou das humanidades. To make é fazer. E o professor, a escola faz bastante.
A pergunta é: fazer o quê? Mais ainda: com qual intenção? Entra então, os parâmetros do PISA na educação e a necessidade premente de uma educação para jovens que fosse menos `'encaixotada" em disciplinas e mais voltadas para habilidades e competências para o futuro – o tal século XXI.
Educação STEM
A enciclopédia Britânica - sim, ela ainda existe – nos conta mais sobre a concepção de STEM.
“STEM, acrônimo para science, technology, engineering, and mathematics (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), é um campo de estudo e um currículo centrado na educaçao das disciplunas mencionadas. O acrônimo foi cunhado em 2001 pelos administradores científicos da U.S. National Science Foundation (NSF - Fundação Nacional de Ciência). A organização havia utilizado o acrônimo SMET ao se referirem aos campos e carreiras relacionados a essas disciplinas, integrando o conhecimento com as habilidades a serem desenvolvidas em cada campo. Em 2001, no entanto, a bióloga norte-americana Judith Ramaley, então vice diretora do departamento de recursos humanos e educação da NSF, rearranjou as palavras para STEM, Desde então, o currículo STEM se difunde em diversos países além dos Estados Unidos, chegando à Austrália, China, França, Coreia do Sul e Reino Unido.” - Enciclopédia Britânica, capturado em julho de 2020.
A partir do reconhecimento da importância do ensino da Ciência, pelo Método Investigativo e com apoio nos passos do Método Científico, é possível trazer a Ciência para jovens e crianças para além de um corpo de conhecimentos e conceitos e tornar-se, de fato, em descobertas, experimentos e observações.
É dado na atualidade que a educação em ciências é mister para o progresso da humanidade. Por meio de diferentes perguntas, muitos mitos foram resolvidos. Embora a natureza nunca deixe de surpreender, ela sempre tem espaço para o encantamento e a investigação.
Praticar as habilidades e processos de pensamento que cientistas e engenheiros utilizam demonstram que torna a ciência muito mais engajadora para estudantes de diferentes idades. Ter o modelo de trabalho de diferentes profissionais nessas áreas tira a pecha de “ciência ser coisa de gente muito inteligente” e a traz ao mundo real de jovens e crianças.
Estudantes de diversos segmentos passam a ser capazes de desenrolar problemas e receber mudanças com mais tranquilidade, pois o olhar investigativo promove a prática de desenvolvimento de planos para resolução de problemas ou poder levantar hipóteses baseadas naquilo que já conhecem e podem observar.
Tronco ou Vapor?
O tempo passa e a necessidade e a curiosidade de professores, instituições de ensino e estudantes dá um passo para além de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. As Artes são convidadas. STEM se torna STEAM. E muito mais se ganha na exploração do fazer científico nas escolas!
Muitas vezes quando falamos de currículo STEAM o foco se vira para projetos. Eles vão colocar em jogo, além dos passos do método científico, seus objetos de aprendizagem, a exploração de materiais e a expressão artística, que refina o olhar de jovens e crianças.
Além disso, a criatividade entra em cena para resolver problemas de forma colaborativa, estimulando estudantes a compartilhar ideias e potencialidades. Por meio das habilidades artísticas, as crianças e jovens são desafiados a criar com o uso de materiais não-convencionais, a apreciar o trabalho dos colegas e explorar materiais gráficos, por exemplo.
Fazer, mostrar e contar
O trabalho com projetos STEM/STEAM são parte da famosa “cultura maker” exatamente pelo seu caráter de projeto. Ter um produto final na conclusão das investigações e resoluções de problemas coloca o conhecimento dos estudantes no concreto – o que os beneficia em enxergar tanto o que são capazes de fazer quanto a aplicação cotidiana de cada uma das áreas de conhecimento exploradas. A Ciência, a Matemática saem de laboratórios e papéis para ganhar vida e ter significado no trabalho dos estudantes.
A prática da resolução de problemas não é, como comentado, parte do fundo de uma caixa. Uma abordagem para a vida é uma competência vital para o crescimento de jovens e crianças. Para muito além das tendências de escolas ou com a visão para o tal mercado de trabalho, colaborar, pensar criativamente e tirar da mala de ferramentas os instrumentos para um futuro mais crítico e cientificamente letrado!
Tathy Morselli Auriema
Consultoria de Soluções Educacionais
Departamento Pedagógico de Expansão Pearson Brasil