Por que desenvolver as competências socioemocionais na escola?

Diante de tantas transformações e dos novos desafios, é necessário preparar os seus alunos. Descubra a importância e as vantagens de introduzir a educação socioemocional na sua escola!

Diante de tantas transformações e dos novos desafios, é necessário preparar os seus alunos. Descubra a importância e as vantagens de introduzir a educação socioemocional na sua escola!

Precisamos desenvolver as habilidades socioemocionais na escola? Até pouco tempo essa dúvida costumava ser comum entre professores e também gestores escolares. No entanto, em tempos cada vez mais incertos, essas dúvidas já se dissiparam! Isso porque a solidariedade, o respeito e a responsabilidade se tornaram alguns dos nossos maiores trunfos no combate à maior crise vivida pela nossa geração.

Quer saber mais? Acompanhe o texto! Nós explicaremos um pouco mais sobre a importância das chamadas “habilidades do século XXI” e quais são os pontos positivos da educação socioemocional nas escolas.

O que sabemos?

Atualmente, soma-se ao desafio de promover o acesso à informação e ao conhecimento, uma necessidade ainda mais urgente: a de efetivamente transformar vidas por meio da Educação. Nesse sentido, já não é mais suficiente pensar a escola como um espaço para o acúmulo de informações.

Mais que nunca, precisamos repensar os rumos da educação, superar a fragmentação disciplinar e estimular a aprendizagem de novos saberes, criando ambientes educacionais que valorizem a solidariedade, a responsabilidade, a sustentabilidade e a diversidade. No entanto, você pode se perguntar, por que agora?

Já não é exagero ou mesmo novidade dizer que a curiosidade, a criatividade e a determinação, por exemplo, são algumas das competências mais valorizadas por especialistas e também empregadores. Afinal, elas colaboram para a aprendizagem e são fundamentais para potencializar as oportunidades.

Essas habilidades ampliam a capacidade de aprender de todas as pessoas, sobretudo de nossos jovens estudantes. Além disso, no mundo em constante e rápida transformação em que vivemos, a nossa capacidade de aprender continuamente e ao longo da vida é decisiva para o nosso sucesso pessoal e profissional.

Nova realidade

Agora, pense no que vivemos nos primeiros meses do ano de 2020. O isolamento social nos obrigou a refletir sobre toda a nossa experiência em Educação. E nos obrigou a lidar com desafios inéditos, como a suspensão das aulas presenciais e a crescente oferta de aulas on-line para crianças, jovens e adultos, talvez em uma escala nunca antes vista. Esse momento também nos fez questionar sobre costumes e até tradições do nosso cotidiano.  

É certo que, nesse cenário, as pessoas com maior resiliência, responsabilidade, autonomia e foco têm melhores condições para superar os obstáculos. E, felizmente, tudo isso pode ser aprendido na escola!

Dessa forma, a escola é um agente poderoso para transformar realidades. E, assim, incorporar o desenvolvimento de competências socioemocionais no currículo escolar torna-se o grande desafio das lideranças educacionais contemporâneas.

Todas essas reflexões evidenciam o quanto é fundamental que exista um estreitamento na relação entre o ensino tradicional das disciplinas, o pensamento crítico e a nossa capacidade de fazer escolhas responsáveis, ter empatia, colaborar, resolver conflitos e muito mais. Enfim, ser capaz de preparar nossos estudantes não somente para o mercado de trabalho ou para as universidades, mas também para a vida toda.

Entendendo melhor as competências socioemocionais

Vamos começar com uma reflexão: será que os exercícios e todo o conteúdo dos livros são suficientes para preparar os jovens para desenvolver habilidades importantes para o século 21? Provavelmente a resposta seja não! Para preparar o aluno de forma integral para os novos desafios, devemos ampliar a discussão para uma educação que vai além do cognitivo. 

Ou seja, estamos falando de uma educação que se preocupa em desenvolver também as competências socioemocionais em seus alunos.

As competências socioemocionais são habilidades que tanto as crianças quanto os adultos podem desenvolver a partir do momento que são capazes de aprender a controlar suas emoções, alcançar os seus objetivos, demonstrar empatia para manter relações sociais positivas, tomar decisões de madeira responsável, entre outras.

Isso não significa que estamos sugerindo para a escola e professores deixarem de lado as competências cognitivas, como analisar, memorizar, generalizar, interpretar, refletir, pensar abstratamente. Na verdade, estamos sugerindo que as competências socioemocionais sejam repensadas e trabalhadas simultaneamente no currículo escolar. E, além de ser um diferencial para os estudantes, essa oferta é também um diferencial para a sua instituição de ensino.

O papel e a importância das competências socioemocionais ganharam fôlego nas últimas décadas, sobretudo após a publicação do Relatório de Jaques Delors, organizado pela UNESCO, que sugere um sistema de ensino fundado em 4 pilares: Aprender a ser, Aprender a Conviver, Aprender a Conhecer e Aprender a Fazer.

O relatório alerta, ainda, para a importância de existir uma educação plena, capaz de considerar o ser humano em sua integridade e não como um ser fragmentado. Foi a partir desse marco que vários especialistas do mundo todo se uniram, para investigar a relação entre o desenvolvimento socioemocional e o desenvolvimento cognitivo.

Desde então, parcerias entre os governos e as instituições têm o propósito de criar políticas e práticas voltadas intencionalmente para a promoção destas competências. No Brasil, por exemplo, a Educação Socioemocional está prevista em quatro das Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que já são obrigatórias nas instituições de ensino e devem ser implementadas até 2022.

E a sua escola, já começou essa jornada?

Christian Ramos

Consultoria Soluções Educacionais

Departamento Pedagógico de Expansão Pearson Brasil