Conheça a eficiência dos métodos mais comuns de estudo
Grupo de psicólogos norte-americanos analisou as técnicas mais usadas e classificou a real utilidade de cada uma delas.
Será que sua maneira de estudar tem sido suficiente para alcançar boas notas? De acordo com pesquisadores da Association for Psychological Science, organização norte-americana sem fins lucrativos, hábitos comuns como grifar textos ou fazer resumos, por exemplo, não apresentam muitos resultados satisfatórios se utilizados sozinhos. Segundo a análise, os métodos de estudos úteis são testes práticos, como simulados.
As principais técnicas de estudo foram analisadas e separadas em três categorias, de acordo com a sua eficiência: utilidade baixa, moderada e alta. Todos os métodos em questão não precisam de equipamentos de última geração ou professor particular. Qualquer estudante está apto para aplicá-las e melhorar seu preparo.
Testes práticos: Trata-se de responder questões sobre o assunto estudado, como, por exemplo, os simulados que são tão comuns para vestibulandos. Esse tipo de estudo possui utilidade alta. Segundo os pesquisadores, quanto mais testes realizados melhor e é interessante refazer as questões após um tempo em que não houve acerto.
Prática distribuída de estudos: Envolve programar um cronograma de estudos distribuídos ao longo do tempo e está na classificação ne utilidade alta. Procrastinar é um péssimo hábito, mas infelizmente é comum entre muitos alunos. Distribuir as matérias e os conteúdos em horários definidos é uma tarefa difícil, mas vale a pena para não entrar em apuros deixando tudo para o final. Encarar muitas horas de estudos seguidas não é seguro, ainda mais se houver acumulo de matérias atrasadas.
Elaborar perguntas: Desenvolver perguntas para explicar os porquês de um fato, “por que isso aconteceu?”, “por que isso faz sentido?”. É de utilidade média. Ao criar questionamentos, novas informações são adicionadas ao cérebro e conhecimentos já obtidos antes são reforçados. Para formular perguntas, é preciso estar familiarizado com o assunto, por isso esse método funciona mais para os alunos do ensino médio que estão se preparando para exames como ENEM.
Explicar o conteúdo para si mesmo: Fale em voz alta com as suas próprias palavras, jamais o texto decorado do livro ou resumo. Tem utilidade média. Só funciona após estender o assunto e interpretar o que está aprendendo.
Resumo: Escrever um texto com apenas o essencial sobre o conteúdo estudado. Segundo a pesquisa, sua utilidade é baixa quando usada sozinha. Tente fazer um questionário após fazer o resumo, por exemplo.
Grifar textos: É quando se marca palavras ou trechos importantes em um texto, sua utilidade é baixa. Para que funcione, é preciso saber identificar o que é de fato importante. Grifar em excesso não ajuda lembrar nem saber o que é importante.
Associação de imagens com textos: Formar imagens mentais ou desenhar enquanto estuda ou assiste aula. Foi classificado com utilidade baixa, porque os pesquisadores não conseguiram identificar com clareza situações em que o método dá certo, mas isso não impede que ele não seja de grande utilidade para você. A técnica pode ajudar a formar uma narrativa para organizar o assunto de uma maneira mais clara a partir das imagens.